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Perspectiva de exportação puxará preços nos remates
01/09/2016O pecuarista que já está vislumbrando alcançar novos mercados e elevar o volume exportado deve impulsionar os preços nos leilões desta temporada. Embora o consumo no mercado interno não seja tão promissor por conta da redução no poder de compra do brasileiro, os compradores internacionais estão impulsionando as expectativas nos criadores. Agora que o mercado norte-americano se abriu para compra de carne bovina in natura (uma das perspectivas mais aguardadas pelo setor), começa a preparação para atender à demanda do país, que estabeleceu cota de importação de 65 mil toneladas para a commodity brasileira. Na sequência do anúncio, outros países podem seguir o mesmo caminho e formalizar acordos com o Brasil. "O criador tem que começar a se programar agora", sinaliza Eduardo Eichenberg, presidente da Conexão Delta G.
Com projeções bastante positivas para as feiras de primavera, Eichenberg cita que a pecuária de corte está atravessando bem o cenário econômico complexo e se mantém "firme". "A demanda está crescente ao longo deste ano, especialmente pelas fêmeas", define. A procura se refletiu em leilões com preços, em média, superiores no primeiro semestre de 2016 na comparação com igual período do ano passado.
Tendo as raças Hereford e Bradford como carro-chefe, a Conexão Delta G deve alcançar preços 5% maiores no seu remate de primavera, que será realizado em outubro. Neste ano, o número de animais a serem negociados se mantém estável em relação ao ano passado: serão 120 touros e 400 ventres. A projeção é de que o faturamento alcance
R$ 2,1 milhões. "A abertura de mercado e o valor do dólar estão favoráveis", sinaliza. O resultado projetado pela Conexão Delta G deve se repetir também nas feiras que serão realizadas em todo o Estado entre setembro e outubro. As tradicionais feiras de primavera refletem os preços alcançados na Expointer, contextualiza Francisco Schardong, da Farsul. "A nossa Expointer é cada vez mais uma vitrine."
A entidade promoveu, na tarde desta quarta-feira, o lançamento dos eventos regionais, evento que contou com a participação de comitivas municipais de diversas regiões do Rio Grande do Sul. No total, 16 cidades lançaram suas feiras: Herval, Camaquã, São Gabriel, Santa Bárbara do Sul, Rosário do Sul, Bagé, Cruz Alta, Livramento, Júlio de Castilhos, Arroio Grande, Vale do Paranhana, Alegrete, Dom Pedrito, Campo Novo, Manoel Viana e Pelotas. Esses são eventos tradicionais em suas regiões, que são promovidos entre setembro e outubro. Entre as feiras estão algumas das mais antigas do Estado, como a Expofeira de Bagé, que, de 10 a 16 de outubro, realiza sua 104ª edição, ou a Expofeira de São Gabriel, a ser promovida entre 5 e 23 de outubro.
Trajano prevê aumento de 15% no faturamento
Importante no cenário de leilões da temporada, a Trajano Silva Remates também prevê aumento do faturamento, que deve ser 15% superior ao do ano passado, atingindo R$ 7 milhões. Serão seis certames, realizados entre setembro e outubro.
O diretor-presidente da Trajano, Marcelo Silva, explica, no entanto, que alta está sendo cogitada em função do aumento no número de animais, que deve ser de 950. "Os preços por cabeça estarão mais baixos do que em 2015", projeta, avaliando que a queda por animal pode ser de até 20% no valor. A Trajano Silva Remates comercializa as raças Angus, Brangus, Bradford e Hereford. "Se os resultados forem excepcionais, podemos chegar ao mesmo patamar de preços do ano passado", sinaliza, sem muito otimismo.