Conexão Delta G

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Alta genética garante liderança na venda das raças Hereford e Braford

20/04/2020

Mais de um terço dos animais com teste de progênie e resultados publicados no Sumário de Touros da Conexão Delta G estão ranqueados entre os 10% melhores exemplares avaliados

O programa Touro Jovem, da Conexão Delta G, vem disponibilizando ao mercado, anualmente, touros das raças Hereford e Braford de alto potencial genético para serem utilizados em larga escala nos rebanhos de todo o país. O teste de progênie realizado dentro do programa, em parceria com a Progen/Alta Genetics, permite identificar touros superiores ainda jovens, testados massivamente em vários rebanhos da entidade.

Todos os anos os melhores tourinhos, entre todas as propriedades do programa, são selecionados pelo GenSys, a empresa responsável pelas avaliações genéticas da Conexão Delta G. Apenas os melhores e mais equilibrados animais entre os 1% superiores para índice final, são selecionados. De acordo com o presidente do Conselho Técnico da entidade, Bernardo Pötter, isso significa que não basta apenas ser bom, é preciso ser bom para todas as características avaliadas. “Desse modo, a Conexão Delta G vem aplicando uma pressão de seleção ao redor de 0,08%”, informa.

A Progen/Alta Genetics é responsável pelo congelamento e distribuição do sêmen entre os integrantes do programa e, após as primeiras avaliações de progênie, seleciona para a sua bateria da central os animais com melhores resultados. Pötter ressalta que essa parceria tem dado excelentes frutos, com vários touros líderes de sumário e de vendas de sêmen sendo originários do programa Touro Jovem. “Atualmente, cerca de 90% dos tourinhos em teste de progênie chegam a ser touros de central, o que justifica o investimento. Hoje, investir em sêmen de touro jovem provado é mais atrativo do que comprar sêmen de touro adulto, muitas vezes com alto valor de mercado”, observa.

Para Pötter, o sucesso do programa é a prova de que o melhoramento genético realmente está ocorrendo, pois quando as novas gerações superam as mais velhas, todos os anos, é sinal de que o progresso genético é uma realidade. “Apenas dois ou três anos é o tempo médio que um touro consegue se manter no topo do sumário, sendo logo superado pelos touros jovens que vão sendo provados”, explica.

Segundo Fábio Barreto, da Progen/Alta Genetics, hoje existem vários touros disponibilizados ao mercado oriundos do teste de progênie e que são líderes de venda nas raças Hereford e Braford no Brasil. Lembra que a seleção para o programa Touro Jovem inicia com uma avaliação genética de animais de cada geração (em 2020 serão avaliados os touros nascidos em 2018). Logo após são elencados os melhores dessa geração por índice final, tanto no Hereford quanto no Braford. De posse desta listagem, Barreto ressalta que estes animais são revisados em cada uma das fazendas dos participantes da Conexão Delta G. “Eles têm a parte de fenótipo revisado para sabermos se possuem apelo comercial, se estão dentro do que é esperado para um reprodutor”, salienta.

O próximo passo, de acordo com Barreto, é testar a qualidade seminal do touro para ver se possui uma boa aptidão reprodutiva e a partir disso eliminar alguns animais que tenham problemas de sêmen. “São eleitos em torno de cinco exemplares Braford e dois Hereford e enviados para a Central da Progen. Lá, eles cumprem a quarentena conforme todos os requisitos exigidos pelo Ministério da Agricultura e entram em produção de sêmen que depois é utilizado pelos usuários da Conexão”, informa, destacando que dentro deste uso é feita uma avaliação genética dos filhos desses animais. “Então, dentro de um ano e meio, após esta utilização do sêmen, será possível saber como estes touros se qualificam como reprodutores. E os que reproduzirem melhor, serão incorporados à bateria da Progen e disponibilizados para o mercado para comercialização de sêmen”, explica, colocando que trata-se de um processo muito importante para o fornecimento ao mercado de reprodutores provados e que já tiveram seus filhos avaliados.

Fernanda Brito, do GenSys, salienta que com uma média anual de 15 mil animais controlados por ano e um banco histórico de dados de quase meio milhão de exemplares, o Programa Touro Jovem da Conexão Delta G já testou cerca de 300 tourinhos ao longo de 25 anos e confirma seus resultados no Sumário de Touros publicado anualmente. “Na última edição, 76% dos touros apresentados são originários dos rebanhos do grupo, sendo que mais de um terço desses reprodutores estão ranqueados entre os 10% melhores (Deca 1), e mais de 80% são positivos em relação à média histórica”, observa Fernanda, explicando que a alta pressão de seleção aliada à utilização do Programa de Acasalamento Dirigido (PAD) e o treinamento e comprometimento de todas as pessoas envolvidas no processo, são os principais responsáveis pelos resultados obtidos.

A presidente da Conexão Delta G, Patrícia Wolf, afirma que em recente visita com um grupo de selecionadores gaúchos à sede da Alta Genetics, em Uberaba (MG), e à alguns projetos de destaque no Nelore, foi possível reafirmar que a aposta da entidade no programa de Touros Jovens está no caminho certo. “O Nelore busca com bastante intensidade a identificação de animais destaque muito jovens. Os tourinhos vêm sendo desafiados a produzir sêmen a partir de 8/9 meses. As novilhas precoces e superprecoces são, em sua maioria, inseminadas com seus contemporâneos de geração. A genômica facilita o processo, aumentando a confiabilidade nas DEPs destes animais muito jovens”, salienta, destacando que o ganho genético é muito alto.